terça-feira, 2 de junho de 2009

Mies van der Rohe: o solitário caçador da verdade.


Ao se referir à compreensão de como a juventude marca o resto de nossas vidas, o filósofo francês Gaston Bachelard comenta em A Poética do Espaço que “somente quando velhos, nos tornamos jovens”.

 Nascido em Aachen, na fronteira alemã com a Holanda, em 27 de março de 1886, é o próprio Mies van der Rohe quem nos dá a chave para a compreensão de sua arquitetura ao comentar, em um artigo publicado em 1961, a influência que as construções de sua cidade natal, a antiga capital do Sacro Império Romano Germânico, exerceu em sua obra.

 Ludwig Mies (o sobrenome da mãe, van der Rohe, foi incluído por Mies mais tarde) freqüentou a escola da catedral católica construída por Carlos Magno e ajudou o pai na firma de cantaria que possuía. Passando sua infância e adolescência entre lápides e igrejas medievais, sua formação não foi acadêmica, mas de natureza prática e religiosa.

 

Os primeiros anos

 

Pavilhão alemão em Barcelona, por Mies van der RohePavilhão alemão em Barcelona, por Mies van der RoheNietzsche havia decretado a morte de Deus e os homens estavam entregues ao seu destino. “Sou a hora, e a hora é de assombros e toda ela escombros dela”, as palavras de Fernando Pessoa não poderiam definir melhor a crise de valores em que se encontrava a Europa entre o final do século 19 e início do século 20.

 Este era o contexto cultural que Mies encontrou em Berlim em 1905, quando foi trabalhar no escritório do arquiteto Bruno Paul. Dois anos mais tarde, um professor de filosofia, completamente idealista, queria que sua casa fosse construída por um arquiteto jovem. Paul indicou Mies, que aos 21 anos projetou e construiu a residência de Alois Riehl, um dos principais filósofos berlinenses do início do século 20.

O projeto de Riehl lhe abriu as portas da sociedade berlinense, pondo-o em contato com intelectuais e lhe possibilitando trabalhar com Peter Behrens, para quem os outros pais do movimento modernista da arquitetura, leiam-se Le Corbusier e Walter Gropius, também trabalharam entre 1907 e 1910.

 

Behrens e Berlage

 

Residência Tugendhat, patrimônio da humanidade.Residência Tugendhat, patrimônio da humanidade.Behrens incorporou os fundamentos de um novo estilo, baseado na síntese da vida e da arte, no espetáculo arquitetônico e na recepção estilizada da Antigüidade clássica. Ele distanciou-se do traço sinuoso do Art Nouveau, sendo precursor de um estilo baseado na linha reta.

 Entretanto, a acídia de Mies van der Rohe não combinava com um possível formalismo de Behrens, e Mies procurou a influência de um outro precursor do movimento modernista, o arquiteto holandês Hendrik Berlage, com quem se encontrou em Amsterdã, em 1912. Os princípios de Berlage baseavam-se no neoplatonismo da Idade Média, na filosofia de Santo Agostinho, cuja frase “a beleza é o brilho da verdade” tornou-se praticamente um axioma para Mies.

 Seguindo os passos do mestre Berlage, a lei universal não era mais a verdade histórica, mas a procura da essência, da verdade da construção. Foi por essa busca constante da essência construtiva, da precisão do detalhe, que Walter Gropius apelidou Mies de “o solitário caçador da verdade”.

 

Desmaterialização da arquitetura

 

Interior da Neue Nationalgalerie, em BerlimInterior da Neue Nationalgalerie, em BerlimA aplicação da procura da essência na arquitetura tem como conseqüência sua desmaterialização. A arquitetura de Mies tornou-se somente estrutura e membrana externa ou, como ele mesmo falava, uma arquitetura de “pele e osso”. A perfeição técnica dos detalhes viria apenas a apoiar este sentimento de vazio do espaço, que segundo Mies, deveria ser preenchido pela vida.

 Os projetos de Mies são, às vezes, completamente ideais, somente espaço, como seus arranha-céus de vidro de 1922 ou a residência Farnsworth, nos EUA, de 1950. Em outros, matéria e espaço interagem em um jogo constante, como na residência Tugendhat de 1931, patrimônio histórico da humanidade, na cidade tcheca de Brno.

 Mies estava no auge de sua carreira na Alemanha, quando foi convidado para projetar o pavilhão alemão para a Feira Mundial de Barcelona em 1929, hoje ícone da modernidade. Em 1930, ele assumiu a direção da Bauhaus, em Dessau.

 

O nazismo no poder e a emigração para os EUA

 

Móveis de Mies e Marcel Breuer no arquivo da Bauhaus em BerlimMóveis de Mies e Marcel Breuer no arquivo da Bauhaus em BerlimEm abril de 1932, os nazistas fecharam a Bauhaus. Mies a transferiu, com financiamento do próprio bolso, para um galpão industrial em Berlim-Steglitz. Em julho de 1933, ela foi novamente fechada pelos nazistas, que a consideravam “bolchevismo cultural”.

 Mies não se considerava uma pessoa politizada. É interessante seu comentário sobre um colega que havia trabalhado para os nazistas: ”Não o desprezo por ser nazista, mas por ser mau arquiteto”.

 Os anos de 1930 não foram fáceis para Mies, que não conseguia construir e vivia dos móveis que havia projetado. Emigrou para os EUA em 1938, aceitando o convite para dirigir o departamento de arquitetura do Instituto de Tecnologia de Illinois, em Chicago, cujo campus também projetou.

 Na posse, foi saudado por Frank Lloyd Wright, que anos mais tarde o acusaria de haver fundado um novo classicismo nos Estados Unidos. E, de fato, com exceção da residência projetada para a senhora Farnsworth, em 1950, que lhe valeu um processo e, em época de caça às bruxas, a acusação de ser obra de comunista, Mies deu um caráter bastante clássico à sua arquitetura nos Estados Unidos.

 

Neue Nationalgalerie, 1969Neue Nationalgalerie, 1969Sua obra tornou-se mais estática, sem o jogo de diferenças que enriquecia a sua arquitetura anterior. Terminada em 1969, ano da morte de Mies, a Neue Nationalgalerie de Berlim, seu único projeto construído na Alemanha após a Segunda Guerra, comprova este classicismo, embora apresente a mesma conquista espacial de seus projetos anteriores, principal característica da obra de Mies van der Rohe.



A presença de espaços livres no Cronw Hall, demonstra a habilidade expressa por Mies na composição arquitetônica promovida pela liberdade da arquitetura moderna. Embora os elementos apresentem uma esrutura rigida geométrica, o espaço continuo do Cronw Hall é distribuido entre planos verticais que não se constituem em formas geometricas estática, e possibilita a experiencia de liberdade de circulação.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Mies.


O último trabalho de relevo de Mies foi a Neue Nationalgalerie em Berlim, que é considerado uma das mais perfeitas expressões da sua abordagem arquitectónica. O pavilhão superior é constituído por uma estrutura precisa de aço com invólucro de vidro, que na sua simplicidade revela perfeitamente a força estética e funcional das ideias de espaço interior flexível, aberto e sem cargas desnecessárias impostas pela ordem estrutural externa.
Mies teve um papel relevante enquanto educador no âmbito da arquitectura. Acreditava que as suas idéias podiam ser ensinadas de forma objectiva. Trabalhou intensivamente em soluções prototípicas que poderiam ser aplicadas de forma livre pelos seus discípulos, adaptando-as a situações específicas, sob a sua supervisão. O facto de nem sempre se terem conseguido, assim, obras de qualidade aceitável levou Mies a considerar que existia alguma falha na sua teorização em relação à nova teoria, que deveria ser facilmente aplicada a novas situações.

terça-feira, 26 de maio de 2009

S.R. Crown Hall


Crown Hall, IIT’s College of Architecture building, is the centerpiece of a master campus plan designed by Mies van der Rohe in 1940. It has a grace and elegance that the brick and glass buildings around it do not, perhaps because, as Kevin Harrington, in the AIA Guide to Chicago writes:

"Crown Hall departs from the module that Mies established for the campus in his master plan. As a result, it...becomes what Mies called representational...[which] must declare the highest purposes and ideals of the institution."

The visitor ascends two thresholds to enter the building: low-rise stairs to a wide, uncovered, floating slab, and then a second stairway to the entrance doors. This entry procession helps "elevate" the building from its rather uninhabited and plain surroundings. There is a similar threshold procession to Mies' Farnsworth House in Plano, Illinois.

Of the structure of Crown Hall, Harrington writes: "During the day, Crown Hall seems a precisely defined, translucent, and transparent volume in perfect repose. At night it becomes a reliquary of light, as its interior illumination appears to make the building seem almost to float on a cushion of light."

Texto publicado em http://www.galinsky.com/buildings/crown/index.htm

Crown Hall
O grande recinto, desporvido de colunas em seu interior, inteiramente em aço e vidro, oferece um vasto espaço para os professores e alunos da escola de Arqitetura e Urbanismo. Uns e outros trabalham em estreita colaboração trazendo beneficios a todos.
No centro do recinto, ha uma exposição permanente dos trabalhos dos alunos.
Fonte: Wener, Blaser - Mies Van der Rohe. Editorial Gustavo Gili, S.A - Barcelona, 1976



domingo, 24 de maio de 2009

Glowing box.


At night, says Harboe, Crown Hall becomes a pure, “glowing box.” Stuart MacRae of IIT's Graham Resource Center likens the nighttime view to a Japanese lantern, and while it's Frank Lloyd Wright who's best known for being influenced by Japanese woodblock prints, you find the same kind of purity, of stripping down to essentials, as the bedrock of Mies's work. Still, Mies' ambitions for Crown Hall were anything but modest. IIT professor and historian Kevin Harrington notes in the AIA Guide to Chicago that, at the building's dedication, Mies said, “Let this building be the home of ideas and adventure . . . and in the end a real contribution to our civilization.”

quinta-feira, 21 de maio de 2009

casa Fanrsworth


Pavilhão de Barcelona



administração do serviço social
Universidade de Chicago
Além do Cronw Hall, Mies Van der Rohe, deixou-nos outros exemplos de uma arquitetura livre, que também foram assim como o Cronw Hall projeto de inspiração para muitos arquitetos e de admiração mundial.
Acima temos alguns exemplos da exuberante arquitetura de Mies van der Rohe: a Casa Fanrsworth , que contribui como base para a o projeto do Cronw Hall, O Pavilhão de Barcelona sua obra-prima na Europa e o predio da administração social da Univesidade de Chicago neste já iserido todos os ideais arqutetonicos de Mies, estrutura metálica de pilares e vigas e fechamento periferico com aluminio e vidro.
fonte: Mies Van der Rohe - exposição em memoria dos 30 anos da morte de Ludwing Mies Van der Rohe





quarta-feira, 20 de maio de 2009

Fatos.


A abordagem de Mies no projeto do Crown Hall foi, definitivamente, inovadora, mas é a incrível execução que faz do campus um destino internacional para os entusiastas da arquitetura moderna. Aqui, Mies criou e refinou a gramática da linguagem da arquitetura moderna e aperfeiçoou suas idéias, estruturas, proporções e geometria. O Instituto Americano de Arquitetos nomeou o campus do IIT como um dos 200 trabalhos de arquitetura mais significativos dos Estados Unidos. S.R. Crown Hall, casa da Escola de Arquitetura, é o edifício mais celebrado. Uma combinação inovadora de aço e vidro, é um marco histórico nacional que muitos consideram um dos mais importantes edifícios do séc. XX.

segunda-feira, 18 de maio de 2009


" A arquitetura é a vontade da epoca concebida em termos espaciais. Viva, mutável, nova." ..." O edifício de escritórios é casa de trabalho(...) de organização, claridade e economia. Salas de trabalho luminosas, amplas, fáceis de supervisionar, dividas apenas de maneira que i exijam as funções especificas. o máximo de efeito com o mínimo de dispêndio de meios. os materiais são concreto, ferro e vidro." Mies Van der Rohe




desta forma Mies Van der Rohe expressa sua defesa objetiva de uma arquitetura de carater funcional e econômica, bem como a utilização de materias modernos na estruturação de seus projetos, que mais tarde se tornariam grandes obras arquitetonicas.

sábado, 16 de maio de 2009

Idéias de Mies Van Der Rohe


"The essence of space is not determined by the mere presence of limiting surfaces but by the spiritual principle of this limitation. The true task of architecture is to let the structure articulate the space; it is not the building that is the work of art but space."

"A essência do espaço não é determinada pela simples presença de limitar superfícies, mas sim pelo princípio espiritual desta limitação. A verdadeira tarefa da arquitectura é deixar a estrutura do espaço articular; não é o edifício que é a obra de arte mas sim o espaço."

Essas são palavras do arquiteto Mies Van De Rohe, criador da obra apresentada aqui nesse blog, como já foi visto em outras postagens. Palavras que mostram a grandeza encontrada em suas idéias.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Original Master Plan.


Ludwig Mies van der Rohe's Master Plan for the IIT campus was one of the largest projects he ever conceived and the only to come so close to achieving complete realization. The campus encompasses 20 of his works'the greatest concentration of Mies-designed buildings in the world.
Mies' master plan was a notable departure from traditional college quadrangles and limestone buildings. In the Mies plan, the space between and within buildings was organized around a 24-foot grid. The spatial module provided rhythm and coherence, while ensuring flexibility and architectural unity for campus building projects of the future. The two- and three-story buildings tend to slide past each other, leading visually from one exterior space to another. Mies also planned interior space with maximum flexibility to accommodate future needs. The simple palette of steel, glass, and buff-colored brick drawn from the factories and warehouses of Chicago's South Side provided an adaptable module to express various functions within the buildings.

domingo, 10 de maio de 2009

História.


The road to Crown Hall was a long battle. Mies's original 1940 campus plan was centered by two major showcase buildings, a student union, and a library with large exposed trusses on its roof, placed on either side of 33rd street. However, money remained tight, and the first new structures on campus, such as the 1941 Metals and Mineral Research building, were smaller, and deceptively simple.

Crown Hall was to be much more ambitious and daring than the campus's earlier building, and Mies had to overcome initial resistance from school trustees, who thought it too expensive. When that obstacle was overcome, there were the city building inspectors. According to former Mies student and current IIT professor David Sharpe, they told Mies he “couldn't build it as a classroom building, because the (steel) columns would have to be fireproofed” with sprayed-on concrete. “Mies didn't want to put concrete on these . . . (so) they said we could build it this way if we classified it as a warehouse. But then the city said, well, if you're going to have to do that, you're going to have to sprinkler it. This was the first sprinklered building on campus”

Sharpe spoke at an IIT symposium that brought together George Danforth, one of Mies's first associates in Chicago and the man who succeeded him as Dean of the School of Architecture in 1958, Dever Rockwell, Danforth's former architectural partner, and IIT professors David Sharpe, Peter Roesch and George Schipporeit - all former students of Mies.

At the symposium, Roesch talked of the next obstacle, a construction fire that took place before the metal work was put up. "Where we're sitting now collapsed, after an hour of the form work burning underneath, and there was a delay. It was in the winter, when they had to heat the forms so the concrete didn't freeze."

Mies had designed the stairs so they would be uncluttered by handrails, but it was not to be “It looked beautiful without handrails," remembers Roesch, but “the building inspector came and said, well, this is not a warehouse, you're using it as a school. Mies . . . really was so upset by that, that he had to put these rails up." Today those handrails are famous for their minimalist elegance.

Crown Hall was finally completed in 1956. It would be where Mies would exorcise his dual obsessions: maximum transparency, and the largest possible building, achieved through the minimum possible structure. “You walk in there,” says Gunny Harboe of Austin AECOM, preservation architect for the restoration “and it really makes your jaw drop.” Mies created a "“magnificent one-room schoolhouse,"” in the words of IIT Dean of Architecture Donna Robertson - a single room, 120 feet wide by 220 feet long and 18 feet high, whose roof is suspended from four enormous plate girders, allowing the interior to be completely free of columns, an unobstructed 26,000 square feet, over half a football field. The floor is gray terrazzo, the aggregate a composite of Virginia and Tennessee marbles, set on a 2 1/2 by 5 foot grid, . The ceiling is made up of foot-square white acoustic tile, separated from the outer walls by a one foot recessed soffit that makes the ceiling appear to float in one continuous sweep. Along the building's perimeter, structure has been pared down to an ultra-light steel frame for an infill made completely of glass. Each of the ultra-clear upper panes is a spectacular 11 1/2 by 9 1/2 feet. The combined weight of all the building's glass is over 22 tons. "What Mies did" says Mark Sexton, project architect along with his partner, Ron Krueck, of Krueck and Sexton " is that he not only made it structurally, incredibly efficient . . . but he also made it incredibly beautiful. He blended structure and architecture in a perfect balance, almost like a tree or a leaf."

"Almost nothing," at long last. "Through the use of almost nothing," says Robertson, "(Mies) creates an almost sacred space." "It's a puff of air," is how Alfred Caldwell, another legendary Mies colleague, admiringly described Crown Hall, remembers associate dean Peter Beltemacchi. "That's everything in architecture," Beltemacchi adds. Everything fits together perfectly, with simplicity and grace. The result is a communal space that eloquently expresses the idea of freedom within order.

domingo, 3 de maio de 2009

Um pouco sobre a estrutura do Crown Hall.


Crown Hall, projetado pelo arquiteto alemão modernista Ludwig Mies van der Rohe, é a casa da Faculdade de Arquitetura do Instituto de Tecnologia de Illinois em Chicago, Illinois.
Amplamente considerado como a obra-prima de Mies van der Rohe, Crown Hall é um dos mais importantes edifícios do movimento modernista do séc. XX. Crown Hall foi concluído em 1956 durante o mandato de Mies Van Der Rohe como diretor do Departamento de Arquitetura da IIT.
Localizado no centro do campus do Illinois Institute of Technology, quatro milhas a sul da cidade de Chicago, Illinois, o edifício abriga a escola de arquitetura. O edifício de dois pavimentos é configurado como um puro formato retangular, 220 por 120 por 24 pés de altura, envolvendo um espaço interior livre de colunas no nível superior sentado acima de um um nível inferior afundado. O telhado é apoiado por colunas de aço expostas apoiando vigas de aço exteriores visíveis acima do telhado. Crown Hall é caracterizado por uma estética de simplicidade industrial, com armação de aço expostas claramente. A moldura de aço é vedada com grandes folhas de vidro de diferentes níveis de transparência, resultando em um leve e delicado envolvimento da fachada por aço e vidro. Enquanto o nível inferior é constituído por espaços compartimentados, o piso superior, que ocupa quase 50% da área total do edifício, é dedicado a um único espaço de estúdio de arquitetura vedado por vidro. Mies chamou-o de um "espaço universal", destinado a ser totalmente flexível em uso.
Após a sua abertura, Mies van der Rohe declarou-o como "a estrutura mais clara que fizemos, o melhor para expressar a nossa filosofia".



Texto publicado em http://en.wikipedia.org/wiki/S.R._Crown_Hall

sexta-feira, 1 de maio de 2009


Concluido em 1956 o Cronw Hall é uma das maiores obras primas de Mies Van der Hohe. Sua criação foi reconhecida como um marco na arquitetura não só na cidade de Chicago bem como na historia da arquitetura americana dos ultimos cinquenta anos.

Neste edifício, que constituiu a sede da Faculdade de Arquitetura, vemos uma estrutura monodirecional composta por vigas externas de alma cheia, das quais é suspensa a laje de cobertura, apoiadas em pilares periféricos, o que resulta na total ausência de pilares no interior dos grandes espaços assim definidos.

Os quatros pórticos soldados, espaçados de 60 pés, são salientes externamente ao longo de toda a cobertura, enquanto a laje se projeta 20 pés em balanço. A construção é fechada por paredes-cortinas, de vidro fosco na parte inferior, exceto na entrada.


www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2006-2/porticos/Topico4.htm - 186k -

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Um pouco sobre Mies Van Der Rohe.


Ludwig Mies van der Rohe, nascido Maria Ludwig Michael Mies (Alemanha, 27 de Março, 1886 - Estados Unidos, 17 de Agosto, 1969), foi um arquiteto alemão, naturalizado estado-unidense, considerado um dos principais nomes da arquitetura do século XX, sendo geralmente colocado no mesmo nível de Le Corbusier ou de Frank Lloyd Wright.
Foi professor da Bauhaus e um dos formadores do que ficou conhecido por International style, onde deixou a marca de uma arquitectura que prima pela clareza e aparente simplicidade. Os edifícios da sua maturidade criativa fazem uso de materiais representativos da era industrial, como o aço e o vidro, definindo espaços austeros mas que transmitem uma determinada concepção de elegância e cosmopolitismo. É famoso pela sua interpretação pessoal, patente na sua obra concreta, dos aforismos, que não são da sua autoria, less is more (em alemão, Weniger ist mehr) e "God is in the details" ("Deus está nos pormenores").
Mies van der Rohe procurou sempre uma abordagem racional que pudesse guiar o processo de projeto arquitectónico. Sua concepção dos espaços arquitetônicos envolvia uma profunda depuração da forma, voltada sempre às necessidades impostas pelo lugar, segundo o preceito do minimalismo, Less is more.